Creio que o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes, pegou insolação nas belas praias cearenses. Só assim entendo o absurdo da sua proposta, sugerindo Aécio Neves para Presidente do Senado. Aposto que o próprio senador eleito Aécio ficou perplexo com a tese. Dá a forte impressão que Cid Gomes, seguramente com o endosso do irmão, Ciro, não confiam na forte base política que a futura presidenta, Dilma, disporá não só na Câmara Alta, mas, também, na Câmara dos Deputados. Além disso, Cid não tem nada a ver com a sucessão no Senado. Embora amigos declarados, nada contra, de Aécio Neves, Cid e Ciro de uma hora para outra viraram amadores em política. Como , então, explicar e justificar que se coloque no poderoso e influente cargo de presidente do Senado, um declarado adversário e, hoje, inclusive desafeto, do PT, do PMDB e, sobretudo, de Lula e de Dilma? Jamais passará pela cabeça de Dilma e Lula, que um membro do PSDB, no caso Aécio, assuma interinamente a Chefia da Nação, nas ausências da presidenta Dilma, do vice, Michael Temer, e do presidente da Câmara dos Deputados. Seria cômico, se não fosse trágico, Aécio recebendo FHC, Serra e outros menos votados, para um cafezinho no Palácio do Planalto. Alguns parvos dirão que isto faz parte da Democracia. Discordo enfaticamente. Vamos supor que Serra ganhou de Dilma e que o PSDB ficou fortíssimo em todo o país. Duvido, aposto tudo que tenho, que Serra não seria tão bondoso com Sarney, Renan, Lobão, Jucá, Eunicio, Requião, etc, mandando um aliado sugerir um nome do PMDB para a presidência do Senado. Na verdade, no quadro político atual, Aécio tem que esperar a vez e a hora para ser presidente do senado. Facilitaria muito as coisas para seu lado, caso trocasse o PSDB pelo PMDB. Mas, isso, é outra história. Quem sabe, um dia.
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