quarta-feira, 8 de maio de 2013

Collor rasga prestação de contas do DNIT sobre rodovias afirmando que são falsas


O presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), senador Fernando Collor (PTB-AL), rasgou durante a reunião desta quarta-feira (8) o documento com as informações enviadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre a situação das obras em rodovias federais, sob a alegação de que se tratavam de dados falsos.
Enquanto Collor lia, nesta manhã, a prestação de contas do Dnit sobre o cumprimento dos prazos assumidos perante a comissão pelo diretor-geral do órgão e a situação das obras, os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Valdir Raupp (PMDB-RO) informaram que, há pouco dias, estiveram na BR 364 em Rondônia, quando constataram que as obras não estavam acontecendo. No relatório, o Dnit havia informado que as obras tinham recomeçado na última semana de abril.
- A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, os integrantes desta comissão, nós não podemos aceitar informações falseadas. Nós temos é que rasgar isso aqui e devolver para o diretor-geral do Dnit, para que ele tome providências – afirmou Collor.
Em seguida, ele rasgou o documento e solicitou a um servidor da CI que colocasse os pedaços dos papéis rasgados em um envelope e encaminhasse para o diretor do Dnit, alegando que a comissão não aceitaria mais as “mentiras” que ali constavam
Collor também criticou duramente o que classificou de "exagero" de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) a decisão pela paralisação das obras e redução dos valores estabelecidos pelas licitações. Ele citou o exemplo da BR 101 em Pernambuco, paralisada pelo TCU, que teria mandado repactuar o valor de R$ 142 milhões para R$ 133 milhões. A empresa, como informou o presidente da CI, não aceitou a correção e houve a rescisão do contrato. Foi realizada então outra licitação, mas nenhuma empresa se apresentou. Em uma segunda licitação, disse o senador, a proposta mínima foi de R$ 182 milhões.
- Esse TCU tem que colaborar. Esses técnicos do TCU também, prepotentes, incompetentes, inexperientes, que ficam criando dificuldades as mais extravagantes e, o pior é que, em nome da boa execução financeira da obra, e não é! As obras que estão paralisadas têm um preço, no final, duplicado, triplicado - disse Collor.

Agência Senado

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