A ansiedade era grande, pela estréia da colunista Tereza Cruvinel. Mas, a meu ver, foi um retorno pífio da qualificada e experiente jornalista ao palco iluminado das redações. Evidente que Cruvinel vai melhorar, não desaprendeu o árduo oficio de atilada repórter. Cruvinel escolheu, como ela mesma frisou, dois "temas relevantes da conjuntura". Ambos foram tratados de forma fraca, "sem osso e sem alma". Como a Diretora Internacional do WWF, Yolanda Kakabadse, definiu a conferência Rio+20. Embora tenha vivido e acompanhado de perto os momentos do impeachment de Collor, Tereza prefere, no entanto, continuar escondendo o sol com a peneira, achando que o espetáculo torpe e covarde que apeou Collor da Presidência da República foi um acontecimento sensacional, sem falhas. O que me permite dizer que Tereza vibrou e torceu pelo linchamento político do então jovem Collor, eleito com mais de 35 milhões de votos. Na equivocada comparação com o impeachment no Paraguai, Tereza faz de conta que esqueceu o seguinte: quando o advogado de Collor entregou a carta de renúncia do então Chefe da Nação, era para se encerrar o caso. Collor renunciou. Ponto final. Mas não foi o que aconteceu. Monitorados pelos holofotes da tevê-mãe, prosseguiram com a covardia, rasgaram a Constituição e cassaram Collor. É preciso então enfatizar que Collor não foi cassado por corrupção, mas por um orquestrado jogo político. Tanto que a seguir foi inocentado pelo STF de todas as infundadas acusações de seus algozes. No outro tema da sua estréia melancólica (Tereza não deve ficar tristinha, Fátima Bernardes também não estreou bem), a atilada Tereza dirige seu tacape de justiceira ao STF, adiantando que a Suprema Corte precisa julgar, condenar e fuzilar os envolvidos no mensalão, sob pena do Tribunal se avacalhar perante a opinião pública. Acredito que os ministros do STF nem vão dormir com a advertência da Cruvinel.
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