quarta-feira, 10 de abril de 2013

Collor faz apelo ao governo e à Caixa para evitar despejo em Viçosa


Cerca de 430 famílias receberam ordem para desocupar casas em Viçosa

Gazeta de Alagoas 

Famílias vítimas das enchentes têm até hoje para deixarem casas em Viçosa 

Senador Fernando Collor esteve no município, onde recebeu um grupo de moradores e prometeu abrir canal de diálogo com governo do Estado

O senador Fernando Collor (PTB-AL) conversou, no início da tarde desta terça-feira (9), com o vice-governador José Thomaz Nonô, coordenador do Programa da Reconstrução do governo do Estado, para tentar evitar o despejo de cerca de 430 famílias que ocuparam, desde o dia 24 de janeiro, o Conjunto Santa Ana, no município de Viçosa. A maioria dessas famílias é constituída de desabrigados da enchente de 2010. Outras tiveram as casas condenadas pela Defesa Civil e demolidas pela Prefeitura. Na semana passada, elas receberam intimação judicial para desocupar as casas num prazo que termina nesta terça-feira, motivo pelo qual estão apreensivas com o cumprimento da ordem de despejo, que deve ser executado nesta quarta-feira. Na última sexta-feira, um grupo representativo dessas famílias aproveitou uma visita do senador à cidade de Viçosa para pedir socorro e tentar evitar o despejo. Collor se comprometeu em procurar o governo do Estado e a Caixa Econômica Federal para falar sobre a situação das famlias. Na conversa com o vice-governador, Collor foi informado de que a solicitação de despejo não partiu do governo do Estado. “O importante é encontrar uma solução conciliatória, para se evitar um desastre social ainda maior. Essas famílias não têm para onde ir. Já vêm de um sofrimento prolongado, algumas há mais de três anos, sem ter onde morar. Perderam tudo na enchente e não podem ficar novamente sem casa”, disse o senador Collor.  Ele foi informado pelo vice-governador que 96% das obras do conjunto Santa Ana já foram concluídas, faltando apenas uma adutora para garantir o abastecimento de água, além da pavimentação da rua principal. Porém, a regra da Caixa Econômica é só entregar os conjuntos habitacionais com toda a infraestrutura pronta. Nonô explicou, ainda, que, com as casas invadidas desde o dia 24 de janeiro, a obra está parada, o que atrasa ainda mais a entrega oficial das unidades habitacionais. Ao todo, segundo o vice-governador informou ao senador, foram entregues pela prefeitura 616 cadastros, dos quais 177 foram devolvidos por problemas diversos, enquanto 178 continuam em análise, podendo ser aprovados ou não. Os demais (261) já teriam sido aprovados. 

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