A decisão do Japão de fazer uma ampla
flexibilização monetária pode prejudicar as exportações brasileiras, avalia o
presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), senador Fernando Collor (PTB-AL). A medida foi anunciada no último dia 4 e tem como objetivo
acabar com a deflação que persiste no país há 15 anos. O governo japonês pretende
alcançar em dois anos a meta de uma inflação de 2%. Na abertura da reunião do
colegiado, realizada na manhã desta quarta-feira (10), Collor observou que a
decisão do governo japonês de injetar US$ 1,4 trilhão na economia segue-se a
outros programas de afrouxamento financeiro já tomadas por Estados Unidos e
União Européia.
- País em desenvolvimento e exportador de commodities que
vem experimentando fracos índices de crescimento, o Brasil se vê diretamente
prejudicado pela disputa cambial. O real encontra-se visivelmente valorizado em
relação às moedas de curso internacional, o dólar, o euro e agora o Iene, o que
vem prejudicando nossas exportações, especialmente as de produtos
industrializados, de maior valor agregado e menor vulnerabilidade às oscilações
de mercado – afirmou Collor.
Essa guerra fiscal não declarada, segundo o
senador, exige do governo brasileiro entre outras medidas maior investimento em
educação e infraestrutura, além da adequação do valor do real.
- Para poder competir com economias mais avançadas,
com tecnologia mais sofisticada e que se utilizam da desvalorização cambial
como instrumento para conquistar mercados, temos que necessariamente combater a
inflação, investir em conhecimento, colocar o Real em patamar adequado, e
como prioridade nacional, relançar a nossa infraestrutura - afirmou o
parlamentar.
Agência Senado
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