O senador Fernando Collor (PTB-AL) elogiou o programa de combate à miséria, apresentado nesta quinta-feira (02/06) pela presidenta Dilma Roussef, que tem como objetivo retirar 16,2 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014, desse total, 9,6 milhões se encontram na região Nordeste. Collor considera urgente a implementação de programas que visem à redução das desigualdades sociais num país que pretende ser uma das principais potencias mundiais. Entre os pontos considerados prioritários pelo senador Collor para a retirada de milhares de pessoas das ruas está a qualificação profissional de cerca de 2 milhões de pessoas entre 18 e 65 anos por meio da inclusão produtiva urbana e de ações interministeriais. De acordo com a proposta do Plano Brasil sem Miséria, cerca de 1,7 milhão de pessoas serão atendidas por ações articuladas de governo. Para o senador existe um paradoxo no Brasil. De um lado temos milhares de pessoas desempregadas e numa situação de extrema pobreza. Do outro existem inúmeras vagas de empregos que estão sendo preenchidas por pessoas vindas de outros países porque não dispomos de mão-de-obra qualificada para atender nossas demandas. No ano passado, quando presidiu a Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, Collor promoveu um ciclo de palestras com representantes do setor privado, com acadêmicos e o Governo Federal, sobre a qualificação dos trabalhadores. Uma das conclusões a que chegaram os senadores e palestrantes é a inexistência de programas de governo que promovam a profissionalização dos trabalhadores. Outro aspecto importante do programa destacado pelo senador Fernando Collor diz respeito distribuição de um kit irrigação para pequenas propriedades e recuperação de poços artesianos. Isso, segundo o senador, possibilitará que pequenos produtores, especialmente os da região Nordeste que sofrem com os longos períodos de estiagem, tenham condições de sobrevivência e se mantenham em suas terras, evitando assim o êxodo rural. A criação da chamada “bolsa-verde”, que deverá pagar, a cada trimestre, R$ 300, por família que preserve florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento, também foi um dos pontos destacados por Collor. Ele disse que a questão ambiental não pode ser deixada de lado e que a sustentabilidade tem que ser um dos pontos importantes na luta contra a miséria. Para o senador Fernando Collor o combate à miséria passa por todos os pontos acima destacados, mas, principalmente, pelo investimento em educação. Collor disse que o desafio será grande, mas acredita que assim que for colocado em prática, o programa deve melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano do país (IDH), especialmente na região Nordeste. De acordo com o último ranking IDH os nove estados nordestinos ocupam as últimas posições no país. Alagoas está em último lugar, com um índice de 0,677. O IDH é um dado utilizado pelas Nações Unidas para analisar a qualidade de vida de uma determinada população a partir da analise de critérios como renda per capta, grau de escolaridade, expectativa de vida e condições de saúde da população.
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