sábado, 9 de abril de 2011

Collor manifesta preocupação com falta de qualificação profissional no Brasil

Em pronunciamento no plenário do Senado Federal, o senador Fernando Collor (PTB), destacou a falta de mão de obra especializada para atender as demandas do país. “O cenário agrava-se ainda mais à medida que o país apresenta melhores índices de crescimento, e à proporção que se aproximam as datas de realização de megaeventos, como a RIO + 20, já em 2012, a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016”. Collor lembrou que no ano passado a Comissão de Infraestrutura do Senado promoveu 12 reuniões com especialistas de todos os segmentos para aprofundar, discutir e buscar soluções para a questão da formação e capacitação profissional.Os resultados dos trabalhos da CI e a repercussão desse tema na imprensa revelam, segundo Collor, que a Comissão estava no caminho certo ao apontar para a relevância e a gravidade da carência brasileira em recursos humanos. Na avaliação do senador, a gravidade do problema é de tal ordem que, ao lado da precariedade da infraestrutura de base do país, a falta de mão de obra qualificada tem sido apontada como o principal entrave para ampliar seus índices de desenvolvimento. "A questão não se restringe à formação profissional técnica. A complexidade do tema está exatamente na constatação de que a solução passa por todos os níveis da educação, começando pelo ensino básico, passando pelo nível médio e profissionalizante e atingindo não só a formação superior, mas também a pós-graduação em todos os seus patamares. Trata-se de uma demanda que requer, tanto por parte do governo quanto da iniciativa privada, providências urgentes, soluções definitivas e um intenso mutirão de iniciativas de curto, médio e longo prazos", alertou o senador. Collor destacou a divulgação pelo Fórum Econômico Mundial de um ranking de 139 países onde o Brasil ocupa as posições de nº 58 em “competitividade”; 84 no item “qualidade da infraestrutura geral”; 85 no “custo e produtividade da força de trabalho”; 127 na “qualidade da educação básica”; 135 no “tempo necessário para iniciar um negócio”; e 139, ou seja, a última posição em “extensão e efeitos da tributação”. "São por essas razões, que o programa de governo da Presidenta Dilma Rousseff incluiu entre suas prioridades o acesso a uma escola de qualidade, de forma a combinar ensino e capacitação para o trabalho. Com isso, esperamos que, mais do que deflagrar, o governo assuma o protagonismo do processo de interação entre o setor público, a iniciativa privada e o mundo acadêmico para que, o quanto antes, aquelas metas sejam atingidas", disse Collor. Considerando o excelente resultado alcançado com a experiência do ciclo de audiências promovido CI, Collor decidiu, adotar o mesmo procedimento de fixar uma Agenda de debates, perante a Comissão de Relações Exteriores, intitulada Rumos da Política Externa Brasileira, com o objetivo de aprofundar o exame de grandes temas no âmbito da política externa do Brasil e da defesa nacional.O ciclo de audiências será realizado ao longo do biênio 2011-2012, quando serão tratados temas das relações internacionais e das políticas de defesa nacional, com foco inicial para a crise no mundo árabe e todos os seus possíveis desdobramentos e reflexos nos segmentos da geopolítica e das relações multilaterais, da paz e segurança no mundo, da economia e finanças, e do comércio exterior. Os debates terão início no próximo dia 11 de abril, sempre às segundas-feiras, às 18h00 e se estenderá até o dia 23 de abril de 2012. Ao todo, serão 5 ciclos temáticos, divididos em 25 painéis de discussões de alto nível em busca de soluções para os principais problemas do Brasil e do mundo no campo da política externa e da defesa nacional.

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