Ao encerrar sua participação no debate, a candidata Dilma Rousseff chamou a atenção dos internautas para a diferença dos projetos em disputa nesta campanha eleitoral. Sua proposta, afirmou, aponta para o futuro com mais empregos, crescimento econômico, maior igualdade, distribuição de renda e mais oportunidade. “Em apenas sete anos e meio, nosso governo mudou o Brasil. Precisamos garantir que esse processo avance, sem interrupção ou sobressalto. Temos que melhorar ainda mais a educação, a saúde e a segurança", afirmou. "Temos que investir pesado na capacitação da juventude para o mercado de trabalho e também para formar grandes pesquisadores em ciência e tecnologia. Neste quadro de inovação, a internet é fundamental.” Mais que voto dos internautas, Dilma pediu a participação no esforço de construção de um novo país. “Um país de homens e mulheres mais felizes e seguros, e muito mais confiantes no futuro.”
Saúde
No último bloco do debate UOL/Folha de São Paulo, a candidata à presidência Dilma Rousseff renovou seu compromisso de criar, no seu governo, centros de prevenção ao câncer, doença ainda cercada de preconceito. Dilma lembrou que o câncer é uma doença curável, sobretudo, quando diagnosticada cedo. “O câncer é uma doença curável principalmente quando detectado logo no início. Por isso tenho a proposta dos centros de referência para prevenção”, disse a candidata.
Vida política
Questionada pelo internauta Romeu di Sessa, a candidata da Coligação para o Brasil Seguir Mudando repassou sua trajetória política desde a luta contra a ditadura até a indicação feita pelo presidente Lula e o Partidos dos Trabalhadores para disputar a eleição presidencial. Dilma Rousseff contou ao internauta que foi a primeira secretária de Fazenda de Porto Alegre e, por duas vezes, secretária de Minas, Energia e Comunicação do Rio Grande do Sul. Ocupou também os cargos de ministra de Minas e Energia e de chefe da Casa Civil, onde coordenou os programas do governo Lula. “Participei deste governo que tirou o país do processo de paralisia para uma nova era de prosperidade. Eu não sou uma política tradicional, mas poucas pessoas passaram por um escrutínio tão pesado quanto eu nos últimos três anos.”
Aborto
A pergunta da internauta Juliana Fraguete permitiu a Dilma Rousseff esclarecer sua posição sobre o aborto. Segundo a candidata, o aborto no Brasil é uma questão de saúde pública, uma vez que as mulheres pobres, num ato de desespero, recorrem a métodos como agulhas e chás e depois procuram os hospitais em busca de tratamento. Dilma defendeu o cumprimento da lei que só permite a interrupção da gravidez nos casos de estupro ou risco de vida. “Eu, pessoalmente, não sou a favor do aborto, mas acho que o Brasil tem de ser uma política de saúde pública que proteja a mulher e os filhos da perda da mãe.”
Estabilidade econômica
Ao internauta Pedro Marte Dias, a candidata Dilma Rousseff deu dados sobre a estabilidade econômica conquistada pelo governo Lula. Segundo ela, o governo Fernando Henrique Cardoso entregou o país com a inflação em descontrole, uma elevada dívida externa e reservas internacionais de apenas US$ 21 bilhões e uma dívida com o Fundo Monetário Internacional que impedia investimentos em infraestrutura. “Tivemos todo o trabalho de estabilizar o Brasil. Reduzimos a participação da dívida sobre o PIB (Produto Interno Bruto) de 60% para 42% e elevamos nossas reservas para US$ 250 bilhões. Acabamos com a indexação da dívida ao dólar e hoje emprestamos ao Fundo Monetário.”
Aeroportos
À dúvida do internauta Marcelo Alexandre sobre aeroportos, Dilma explicou que a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) tem todos os instrumentos legais para fiscalizar e punir as empresas que descumprirem os direitos dos passageiros. Dilma defendeu a abertura do capital da Infraero para ampliar os investimentos na infraestrutura aeroportuária do país. “Vamos ter de tomar atitudes muito fortes no início do governo para ampliar os investimentos. Eu sei como fazer e vamos ter uma Copa (do Mundo de 2014) e Olimpíadas bastante seguras no que se refere aos aeroportos.”
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