domingo, 27 de março de 2011

Collor comemora 20 anos do Mercosul e diz que momento é de avaliar trajetória da América do Sul

Responsável pela concretização do MERCOSUL, o atual senador Fernando Collor (PTB), destacou, durante sessão especial em homenagem aos 20 anos da assinatura do tratado que criou o Mercado Comum do Sul, que transcorrerá no próximo dia 26, a importância da parceria do Brasil com os vizinhos da América do Sul. Na avaliação do ex-presidente, “é momento adequado para avaliarmos uma instituição que tem tido marcante influência na trajetória do nosso país e da América do Sul”. Para o senador Fernando Collor, é preciso levar em conta as mudanças ocorridas no cenário mundial nos últimos 20 anos, com a crescente hegemonia norte-americana, a consolidação da União Européia, a ascensão econômica da China e a aceleração da globalização. O senador afirmou em seu discurso que com o esfacelamento dos blocos e com o crescimento das forças globalizantes houve um abrandamento das fronteiras estatais. “As economias viram aumentar sua inter-relação e interdependência. Para competir em um mundo crescentemente globalizado, os países procuravam, de um lado, modernizar suas economias e, de outro, maximizar seus mercados por meio de iniciativas econômicas integradoras.” Na visão do senador, hoje presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, A idéia do Mercosul não se limita à racionalidade econômica. Ele entende que a proposta é de entendimento e solidariedade entre os povos. “Não se trata apenas de negociar tarifas, mas, em visão maior, de se integrar para se desenvolver, para enfrentar vicissitudes do cenário internacional com mais força e capacidade de atuação”. Collor destacou ainda outro legado importante do Mercosul para a região, que foi a criação de uma zona de paz que dificilmente será eliminada em virtude do entrelaçamento crescente nos diversos segmentos sociais dos países participantes. Ele destacou Acordo para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear de 1991, que criou a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC). Fernando Collor argumentou que a diferença entre os níveis de desenvolvimento dos membros do Mercosul deve, do ponto de vista brasileiro, ser objeto de políticas de estado de longo alcance. Porém, o senador negou que o Brasil deva fazer concessões ou aceitar proposições com o cunho de ameaças. Quando presidente da República, Fernando Collor foi signatário do Tratado de Assunção, em 1991, ato de criação do Mercosul. Ele lembrou que, naquela época, foi preciso adotar várias medidas para diminuir a rivalidade e construir uma relação de confiança entre o Brasil e a Argentina. Uma dessas ações foi firmar o Acordo para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear, que criou a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares.

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