sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ficha limpa: atenção beócios, cuidado com as generalizações

A onda da moda é a ficha limpa para políticos. Tudo bem. Concordo. É preciso separar o joio do trigo. Embora haja muita hipocrisia, cinismo, oportunismo, demagogia e canalhice nesse angú. Muitos e sobretudo a imprensa, enchem a boca para falar em ficha limpa. A meu ver, o que precisa ser dito e reiterado, sem medo das vestais grávidas, é que a maioria esmagadora da classe política é honesta e trabalhadora. Beócios travestidos de Santos tentam generalizar, satanizar e banalizar o assunto. Nesta linha, porque também não se adota e se cobra o ficha limpa para outros setores de atividades? Porque, por exemplo, não se pune, não se taxa de ficha suja, jornalista que apura mal uma matéria, causando prejuizos ao acusado, ao envolvido? Porque não se define como ficha suja o colunista que se arvora de dono da verdade para linchar pessoas que geralmente não podem se defender das infâmias, ou têm espaço reduzido para fazê-lo? Porque não se chama de fichas sujas artistas e intelectuais que pegam verbas públicas para fazer filmes, montar peças e não fazer nem uma coisa nem outra, sem dá nenhuma satisfação? E o que dizer de médicos, autênticos fichas sujas que matam pessoas em operações mal sucedidas? Porque não vão para a cadeia? Porque não são proibidos de exercer a profissão? Da mesma forma, porque não são advertidos nem têm a carteira cassada, advogados de assassinos, pedófilos, sequestradores e psicopatas? E não me venham com a sandice de que todos têm direito de defesa. Direitos humanos são para humanos, jamais para desumanos. Bandido para mim, como ensinou Sivuca, tem que morrer, arder no inferno. Destroem famílias e tudo fica por isso mesmo? E os fichas sujas do esporte, do judiciário, da policia, da igreja e da Esplanada dos Ministérios? Porque o assassino com ficha sujíssima Pimenta Neves continua solto, rindo da nossa cara? Não existe alguém mais ficha suja do que Pimenta Neves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário